Endereço

Departamento de Engenharia Florestal
Avenida Purdue, s/nº
Campus Universitário
Edif. Reinaldo de Jesus Araújo
36.570-900   Viçosa – MG – Brasil
Tel.: +55 (31) 3612-4153
E-mail: def@ufv.br

Geoprocessamento Florestal (GEODEF)

No Departamento de Engenharia Florestal (DEF), o Geoprocessamento está diretamente ligado à área de manejo, desempenhando um papel essencial no suporte às atividades de ensino, pesquisa e extensão. Com base no uso do Sistema de Informações Geográficas (SIG) e do Sensoriamento Remoto, a equipe de geoprocessamento desenvolve pesquisas em diversas áreas do conhecimento, trazendo aplicações inovadoras e de grande relevância para a sociedade.

Atualmente, o Laboratório de Geoprocessamento Florestal (GeoDEF) dispõe de três salas localizadas no Departamento de Engenharia Florestal:

  • Sala 9: Espaço dedicado ao ensino de Sistemas de Informações Geográficas, onde são ministradas aulas e cursos. O laboratório possui uma infraestrutura ampla, com áreas separadas para ensino e pesquisa, proporcionando um ambiente adequado para alunos de graduação e pós-graduação.
  • Sala 4: Destinada ao ensino de Sensoriamento Remoto, a sala atende tanto a graduação quanto a pós-graduação. Além disso, a sala abriga um extenso acervo de aerofotos, capturadas por câmeras métricas e não métricas, datadas desde a década de 1960 até os dias atuais. Com o auxílio de estereoscópios, essas imagens são manipuladas para estudos retrospectivos, análises de impacto ambiental e projetos de restauração florestal.
  • Sala 3: A Sala 3 é um espaço dedicado ao desenvolvimento de pesquisas e à integração acadêmica, reunindo estudantes de diferentes níveis de formação. Neste ambiente, atuam alunos de graduação e pós-graduação nos níveis de mestrado e doutorado. O laboratório proporciona um ambiente colaborativo, onde os pesquisadores trabalham em projetos inovadores, compartilhando conhecimentos e experiências. Além de ser um espaço de produção científica, a Sala 3 também favorece a troca de ideias entre alunos e professores, incentivando o aprendizado interdisciplinar e a formação de profissionais altamente qualificados. Com infraestrutura adequada para a pesquisa aplicada, a Sala 3 desempenha um papel fundamental no avanço dos estudos em geoprocessamento, sensoriamento remoto e demais áreas associadas, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico.

Com uma estrutura moderna e uma equipe engajada, o GeoDEF conta com a participação de professores e estudantes de graduação, mestrado e doutorado que juntos impulsionam a pesquisa e a inovação na área. As principais pesquisas desenvolvidas são: Monitoramento ambiental, análise da paisagem, modelagem espacial, mapeamento florestal, planejamento e gestão territorial e silvicultura de precisão. Atualmente, o laboratório é coordenado pelos professores Alexandre Simões Lorenzon, Diogo Nepomuceno Cosenza, Ernani Lopes Possato, José Marinaldo Gleriani.

Além das atividades acadêmicas, o GeoDEF organiza eventos importantes para a comunidade científica e profissional, como o GISday UFV, iniciado em 2013, a Semana do Software Aplicado às Ciências Agrárias (SSACA), criada em 2017, e o Grupo de Aplicações e pesquisas em Geotecnologias Florestais (GAP.GtF). Esses eventos promovem a troca de experiências e a atualização de conhecimentos entre alunos, professores, pesquisadores e profissionais da área de geotecnologias.

 

História

O Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (UFV) possui uma longa e sólida reputação na formação de recursos humanos e no desenvolvimento de pesquisas estratégicas e inovadoras para o setor florestal. Seu pioneirismo na área de geoprocessamento remonta ao final da década de 1970, quando a contratação do professor Celestino Aspiazu, PhD em Sensoriamento Remoto pela University of Iowa (1977), marcou o início de uma nova era para o setor de Aerofotogrametria e Fotointerpretação. Na época, esse setor estava vinculado ao Departamento de Recursos Naturais Renováveis da então Escola Superior de Florestas da UFV.

Um dos principais desafios enfrentados ao longo das duas décadas seguintes foi a falta de infraestrutura adequada para o processamento de imagens digitais de satélite e fotos aéreas. Para superar essa limitação, o Departamento de Engenharia Florestal e a UFV investiram em equipamentos como os restituidores analógicos Wild B8 e de projeção direta da Bausch & Lomb, atualmente desativados. Além disso, o laboratório adquiriu um vasto acervo de aerofotografias obtidas com câmeras métricas analógicas das marcas Wild, Zeiss e Fairchild. Também foram obtidos estereoscópios de espelho Wild ST-4, que facilitavam a fotointerpretação em estudos temporais. As fotografias mais antigas datavam de 1958, permitindo análises retrospectivas sobre as mudanças no uso e cobertura do solo ao longo do tempo. Além de equipamentos, houve um investimento na qualificação de seu corpo docente, enviando os professores Vicente Paulo Soares e Carlos Antonio Alvares Soares Ribeiro para doutoramento na Colorado State University. O professor Vicente especializou-se em Sensoriamento Remoto, enquanto o professor Carlos Antonio aprofundou seus estudos em Sistemas de Informações Geográficas (SIG), então inexistente na UFV.

Em 1999, o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) firmou um acordo de cooperação técnico-científica com a UFV, visando fortalecer a pesquisa e a formação de recursos humanos na área de sensoriamento remoto. No âmbito desse convênio, o Departamento de Engenharia Florestal, por meio da Sociedade de Investigações Florestais, foi contratado para gerar Modelos Digitais de Elevação Hidrograficamente Condicionados (MDEHC) para toda a Amazônia Legal.

A partir dos investimentos do Projeto SIVAM, foram adquiridos equipamentos de ponta, incluindo workstations gráficas de alto desempenho, mesas digitalizadoras, no-breaks, unidades de backup, rede interna de alta velocidade e licenças do ArcINFO para Windows. Com o encerramento do convênio SIVAM/UFV, o Laboratório passou a ser utilizado nas aulas práticas de Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informações Geográficas. Ademais, o professor Carlos, coordenador do convênio, obteve autorização para realocar recursos financeiros, para a aquisição de 10 microcomputadores. Essa iniciativa ampliou significativamente o número de vagas oferecidas nas disciplinas da área de geomática.


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